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Fui presa junto com um traficante. Isso faz de mim cúmplice?

  • Foto do escritor: Dra. Sandy Freitas
    Dra. Sandy Freitas
  • 26 de mai.
  • 3 min de leitura

A associação ao tráfico é um crime previsto na legislação brasileira, especificamente nos art. 33 e 35 da Lei de Drogas.
A associação ao tráfico é um crime previsto na legislação brasileira, especificamente nos art. 33 e 35 da Lei de Drogas.

Você mal entende o que está acontecendo, mas já escuta gritos, algemas e uma frase que ecoa na cabeça: “Ela estava junto. Leva também.”


Sem chance de explicar, sem espaço pra respirar. Tudo o que você sente é medo. Medo de perder sua liberdade. Medo de ninguém acreditar na sua palavra.


E o pior: medo de ser tratada como algo que você não é.


É comum que mulheres sejam levadas junto quando estão com alguém que é preso por tráfico. Basta estar no carro, na casa, ou andando ao lado. Basta um policial achar que sua presença é indício suficiente. Mas será que é?


Será que estar no mesmo lugar que um criminoso faz de você cúmplice?


Será que alguém que não sabia, que não participou, que não se beneficiou... deve ser tratada como se tivesse cometido um crime também?


Essa confusão entre estar com e agir com tem destruído vidas.


Muitas vezes, essas prisões acontecem sem qualquer prova de envolvimento direto.


Sem escuta. Sem investigação. Sem direito de se explicar.


Mulheres são acusadas de associação, tráfico e organização criminosa simplesmente por manterem vínculos afetivos ou familiares com alguém investigado.


É uma distorção que machuca. E quando se entra nesse sistema, tudo parece ser contra você.


A falta de uma defesa humanizada faz com que inocentes sejam empurradas pra condenações injustas, sem que alguém, de verdade, conte a história delas.


A verdade é que estar presente não é o mesmo que participar. A lei exige prova de vínculo direto com o crime, e não suposição.


O crime de associação ao tráfico (art. 35 da Lei 11.343/2006) exige vínculo estável, permanente e com divisão de funções. Ou seja: é preciso muito mais do que estar junto.


Quando há uma defesa técnica preparada, é possível desmontar essa presunção de culpa. Mostrar que não havia conhecimento. Que não havia proveito. Que não havia crime por parte de quem só estava ali.


Um trabalho jurídico feito com escuta, sensibilidade e firmeza pode transformar completamente o rumo de um processo.


Porque não se trata só de argumentos.


Trata-se de proteger a dignidade de alguém que foi tratada como culpada antes mesmo de ser ouvida.


No fundo, o que essa pessoa quer é voltar a respirar. É provar que sua vida não cabe nessa acusação. É ter alguém que acredite, que escute, que traduza o que está acontecendo sem julgamento, sem frieza, sem olhar de cima.


Porque quem é puxada pra um processo criminal sem ter cometido crime não quer favor — quer justiça. Quer ser tratada com respeito, com estratégia, com humanidade.


E isso só é possível com uma atuação jurídica que vá além do processo e enxergue o ser humano por trás da dor.


Ao contar com um advogado especializado, você não está apenas contratando um serviço jurídico; está investindo em uma nova chance de vida. Você está buscando a clareza que nunca teve e a liberdade de voltar a viver sem medo, para que possa finalmente se sentir em paz, com o controle do seu futuro nas suas mãos. Você está diante de uma oportunidade única de transformar a sua história.


Ser presa junto com um traficante exige mais do que esforço; exige estratégia e conhecimento para ser enfrentado da melhor forma. Um advogado especializado ao seu lado pode fazer toda a diferença nesse processo, garantindo que seus direitos sejam protegidos e suas chances ampliadas.

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©2025 Sandy Freitas | Advogada Criminalista  | Todos os direitos reservados.

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