Foi parado pela polícia? Saiba como agir para não sair prejudicado.

Quem nunca esteve nessa posição talvez não entenda o que se passa por dentro. Mas quem conhece sabe: é medo, é vergonha, é o peso de carregar no olhar dos outros uma culpa que nem sempre existe.

E se ninguém te escutar? E se ninguém acreditar?

Em situações de abordagem, o risco de um mal-entendido virar uma acusação injusta é real — e frequente. Às vezes, tudo o que houve foi uma denúncia anônima, uma coincidência de roupas ou um histórico que fala mais alto do que os fatos.

Já se perguntou quantas pessoas estão presas hoje por conta de uma abordagem que não foi conduzida como deveria?

É fácil julgar depois que tudo aconteceu. Difícil é voltar atrás quando já se está algemado.

Muitos não sabem que têm o direito de permanecer em silêncio. Que não são obrigados a responder perguntas sem a presença de um advogado. Que uma revista pessoal não pode se transformar em humilhação pública.

A falta de informação vira armadilha.

O medo paralisa. E o silêncio do Estado muitas vezes é preenchido por abuso.

Quantos foram chamados de “suspeitos” apenas por estarem no lugar errado, na hora errada — ou por serem quem são?

Existe um caminho diferente — e ele começa pelo conhecimento.

A Constituição Federal, no artigo 5º, assegura que ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória. Isso vale desde o primeiro contato com a polícia.

Você tem direito à integridade física e moral. Direito ao silêncio. Direito de ser assistido por um advogado. Direito de não ser conduzido sem justificativa legal. Direito de não se autoincriminar.

A abordagem policial não pode ser espaço de violência ou arbitrariedade. Deve seguir limites, critérios e respeito à legalidade.

Não se trata apenas de evitar uma injustiça, mas de garantir que sua dignidade não seja deixada de lado no caminho.

A luta não é só jurídica. É humana. E cada atitude tomada nos primeiros minutos de uma abordagem pode decidir o rumo de toda uma vida.

Abordagem policial injusta exige mais do que coragem; exige estratégia e conhecimento para ser enfrentada da melhor forma.